terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Paralímpiadas 2016

Contexto histórico
Em 1888, na cidade de Berlim, na Alemanha, já existiam clubes que promoviam a participação de surdos nos esportes.  Mas foi somente depois da Segunda Guerra Mundial que as competições entre aqueles que depois seriam chamados de atletas parallímpicos ganharam força mundialmente. E com o propósito, justamente, de acolher o grande número de soldados feridos nos combates. O grande marco foi em 1944, quando o Dr. Ludwig Guttmann, neurologista alemão estabeleceu um programa para reabilitação de veteranos de guerra em uma cidade inglesa, porém, a reabilitação por meio do esporte evoluiu de recreacional para competitiva.
 Em 29 de julho de 1948, na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, Guttmann organizou a primeira competição em cadeiras de rodas, à qual chamou de Jogos de Stoke Mandeville. Dezesseis militares inscritos, entre homens e mulheres com algum tipo de lesão, participaram do torneio de tiro com arco. Tal fato teve ótima aceitação, e quatro anos depois houve a realização dos II Jogos de Stoke Mandeville, com a participação de aproximadamente 130 atletas.
 Os primeiros Jogos Paralímpicos, sob esse nome, foram realizados em Roma, na Itália, em 1960. Com o apoio do Comitê Olímpico Italiano, cerca de 400 atletas portadores de deficiência de 23 países, participaram da competição que repercutiu positivamente em todo o mundo. Seria a primeira “Paralimpíada”, desde então, as Paralimpíadas acontecem duas semanas após os Jogos Olímpicos, e nas mesmas instalações.
Em relação ao Brasil, a primeira representação brasileira em Jogos Paraolímpicos foi em 1972, em Heidelberg, na Alemanha, onde o Brasil não trouxe medalhas. As primeiras medalhas paralímpicas viriam somente nos Jogos seguintes, em 1976, nas Paraolímpíadas do Canadá, realizada na cidade de Toronto. Com uma participação discreta o Brasil conquistou duas medalhas de prata na modalidade bocha.


Nas Paralímpiadas RIO 2016 houveram 22 modalidades, sendo elas:
- Bocha                                                              - Judô
- Canoagem                                                      - Natação
- Ciclismo de estrada/ciclismo de pista             - Remo
- Esgrima em cadeiras de rodas                       - Tênis de mesa
- Futebol de 5                                                    - Rúgbi em cadeiras de roda
- Atletismo                                                         - Tênis em cadeira de rodas
- Basquete em cadeira de rodas                       - Tiro com arco
- Futebol de 7                                                    - Tiro esportivo
- Goalball                                                           - Triatlo
- Halterofilismo                                                  - Vela
- Hipismo                                                           - Vôlei sentado



Paralímpiadas RIO 2016
·         Assim como as Olimpíadas houve uma delegação representando os atletas refugiados. A bandeira foi criada pela artista síria Yara Said.
·         Foram distribuídas 264 medalhas masculinas, 226 femininas e 38 mistas.
·         O Brasil participou das Paralímpiadas 2016 com a maior delegação da sua história, com 278 atletas.
·         Foi a primeira vez que o Brasil teve representantes em todas as modalidades.
·         Bocha e goalball são esportes exclusivos dos Jogos Paralímpicos.
·         A tocha Paralímpica seguiu o mesmo modelo utilizado nas Olímpiadas, porém, com algumas escritas em braile.


Curiosidades
·         O Brasil é uma potência paralímpica: Nas 11 Paralímpiadas que o Brasil disputou, foram conquistadas 229 medalhas no total. A meta para o RJ foi de que o país encerrasse a participação entre os cinco primeiro colocados.
·         O primeiro atleta usou uma perna de pau: Foi em 1904. Um ginasta alemão competiu junto à equipe olímpica americana usando uma prótese de madeira para substituir uma das pernas amputadas após ser atropelado por um trem.
·         Pouco mais de um segundo é a diferença entre um atleta olímpico e um paratleta. Claro que é um caso hipotético. Mas se o Usain Bolt – o homem mais rápido do mundo – disputasse uma prova de 100m com o atleta paraolímpico brasileiro Yohansson do Nascimento – que faz parte o grupo de atletas amputados ou com deficiência no membros superiores – a diferença entre eles seria de apenas 1.36 segundos.

·         Prótese de alta performance é inspirada na pata de Guepardo. 90% dos atletas paraolímpicos utilizam variantes de próteses flex-foot cheetah, com design inspirado no animal mais rápido do mundo. Confeccionadas de diversos materiais chegaram a ser consideradas mais eficientes que o pé humano.

Por Natacha Santos

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