Contexto histórico
Em 1888, na cidade de Berlim, na Alemanha, já existiam clubes
que promoviam a participação de surdos nos esportes. Mas foi somente
depois da Segunda Guerra Mundial que as competições entre aqueles que depois
seriam chamados de atletas parallímpicos ganharam força mundialmente. E com o
propósito, justamente, de acolher o grande número de soldados feridos nos
combates. O grande marco foi em 1944, quando o Dr. Ludwig
Guttmann, neurologista alemão estabeleceu um programa para reabilitação de
veteranos de guerra em uma cidade inglesa, porém, a reabilitação por meio do esporte evoluiu de recreacional para
competitiva.
Em 29 de julho de
1948, na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, Guttmann
organizou a primeira competição em cadeiras de rodas, à qual chamou de Jogos de
Stoke Mandeville. Dezesseis militares inscritos, entre homens e mulheres com
algum tipo de lesão, participaram do torneio de tiro com arco. Tal fato teve
ótima aceitação, e quatro anos depois houve a realização dos II Jogos de Stoke
Mandeville, com a participação de aproximadamente 130 atletas.
Os primeiros Jogos
Paralímpicos, sob esse nome, foram realizados em Roma, na Itália, em 1960. Com
o apoio do Comitê Olímpico Italiano, cerca de 400 atletas portadores de
deficiência de 23 países, participaram da competição que repercutiu
positivamente em todo o mundo. Seria a primeira “Paralimpíada”, desde então, as
Paralimpíadas acontecem duas semanas após os Jogos Olímpicos, e nas mesmas
instalações.
Em relação ao Brasil, a primeira representação brasileira em
Jogos Paraolímpicos foi em 1972, em Heidelberg, na Alemanha, onde o Brasil não
trouxe medalhas. As primeiras medalhas paralímpicas viriam somente nos Jogos
seguintes, em 1976, nas Paraolímpíadas do Canadá, realizada na cidade de Toronto.
Com uma participação discreta o Brasil conquistou duas medalhas de prata na
modalidade bocha.
Nas
Paralímpiadas RIO 2016 houveram 22 modalidades, sendo elas:
- Bocha
- Judô
- Canoagem
- Natação
- Ciclismo de
estrada/ciclismo de pista - Remo
- Esgrima em cadeiras de rodas - Tênis de mesa
- Futebol de 5
- Rúgbi em cadeiras de roda
- Atletismo
- Tênis em cadeira de rodas
- Basquete em cadeira de rodas - Tiro com arco
- Futebol de 7
- Tiro esportivo
- Goalball
- Triatlo
- Halterofilismo
- Vela
- Hipismo - Vôlei sentado
Paralímpiadas RIO 2016
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Assim como as Olimpíadas houve uma delegação representando os
atletas refugiados. A bandeira foi criada pela artista síria Yara Said.
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Foram distribuídas 264 medalhas masculinas, 226 femininas e
38 mistas.
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O Brasil participou das Paralímpiadas 2016 com a maior
delegação da sua história, com 278 atletas.
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Foi a primeira vez que o Brasil teve representantes em todas
as modalidades.
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Bocha e goalball são esportes exclusivos dos Jogos
Paralímpicos.
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A tocha Paralímpica seguiu o mesmo modelo utilizado nas
Olímpiadas, porém, com algumas escritas em braile.
Curiosidades
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O Brasil é uma potência paralímpica: Nas 11 Paralímpiadas que
o Brasil disputou, foram conquistadas 229 medalhas no total. A meta para o RJ
foi de que o país encerrasse a participação entre os cinco primeiro colocados.
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O primeiro atleta usou uma perna de pau: Foi em 1904. Um
ginasta alemão competiu junto à equipe olímpica americana usando uma prótese de
madeira para substituir uma das pernas amputadas após ser atropelado por um
trem.
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Pouco mais de um segundo é a diferença entre um atleta
olímpico e um paratleta. Claro que é um caso hipotético. Mas se o Usain Bolt –
o homem mais rápido do mundo – disputasse uma prova de 100m com o atleta
paraolímpico brasileiro Yohansson do Nascimento – que faz parte o grupo de
atletas amputados ou com deficiência no membros superiores – a diferença entre
eles seria de apenas 1.36 segundos.
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Prótese de alta performance é inspirada na pata de Guepardo.
90% dos atletas paraolímpicos utilizam variantes de próteses flex-foot cheetah,
com design inspirado no animal mais rápido do mundo. Confeccionadas de diversos
materiais chegaram a ser consideradas mais eficientes que o pé humano.
Por Natacha Santos
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